SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA MEMÓRIAS DA NOSSA TERRA E NOSSA GENTE Autor: Osvaldo Deschamps

 

        Quando São Pedro de Alcântara comemora 176 anos de fundação, um de seus filhos presenteia a terra-mãe, e a todos nós, com “Memórias da nossa terra e nossa gente”. É obra que segue a publicada quatro anos atrás, “Estradas da Vida”.

        Osvaldo Deschamps é o autor. Agricultor, caminhoneiro e assalariado, comerciante, e hoje dono de uma construtora com os filhos, não se acanha de confessar que tem dificuldade de leitura, pois só esteve na escola por três anos. Isso não impediu que escrevesse já seu segundo livro, mostrando que gosta de desafios e que faz parte da vida enfrenta-los.

        Formado na grande faculdade da vida, como ele mesmo informa, traz o seu tempo de infância a recordação de pessoas idosas a quem sempre deu muito valor. E procurou, de forma simples, séria e organizada, escrever a história desses homens que ajudaram a construir a terra e a gente alcantarenses.

        Aqui está um pouco da vida dos patriarcas, que seu Osvaldo escreve lembrando do que diz o autor sagrado do Eclesiástico:

“Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem. Foram homens de grande virtude, dotados de prudência”.
(Eclesiástico 22, 1.3)

        Um destaque para Augusto Nicolau Deschmaps, por quem o neto que escreve tem admiração especial, homem que, “com a firmeza de sua sabedoria, deu instruções muito santas ao povo” (Eclo 44,4). Os patriarcas eram todos “homens ricos de virtude, que tinham gosto pela beleza, e viviam em paz em suas terras” (44,6). Aqui se publicam os seus louvores!

        É agradável e enriquecedor percorrer as páginas deste livro. Nele se encontra a história da colônia, da paróquia e das famílias, além de curiosidades. Nele se vêem retratadas as “mãos que fizeram histórias em São Pedro de Alcântara”.

        É de Cícero, o mais eloqüente dos oradores romanos, a afirmação de que “ignorar o que aconteceu ante de termos nascidos equivale a sermos sempre crianças”. Conservando com seu Osvaldo, ele me disse: “Ah, se eu tivesse dado atenção ao que meu pai falava, às histórias que ele contava, como teria sido fácil escrever este livro. Deixo-o escrito uma memória e um preito de gratidão àquele que me deu a vida e àquela que me encantou com seu carinho e o grande amor que tinha por nós: minha mãe!” E seus olhos se enchem de lágrimas!

        É assim o autor: um homem simples que, com perseverança, foi à cata das fontes e, às vezes, precisou ir para águas mais profundas, apresentando agora, em suas mãos, as pérolas que nelas encontrou.

        Um livro assim é mais que um valioso registro histórico: é um livro que traz o testemunho de vidas que se doaram para deixar como herança o patrimônio idestrutível da honra e da dignidade. Desejo-lhe boa leitura!

___________________________________________________________

Envie para um amigo!

Imprimir